Este disco nasce de um emaranhado de ideias musicais e políticas, ironias, reflexões, vontades, erros e acertos em torno da noção de processos de hibridização (CANCLINI, 2013) na música eletroacústica: pesquisa que venho desenvolvendo desde 2014 no âmbito do Instituto Villa-Lobos e do Programa de Pós-Graduação em Música da UNIRIO. É o resultado da minha escuta pessoal, corpórea e caótica. O título é inspirado na ideia de estudos em certos discos de Tom Zé, na tradição schaefferiana dos Études e no flerte com certas músicas eletrônica dançantes. São escolhas permeadas por referências, por vezes paradoxais, e tradições desterritorializadas e reterritorializadas típicas dos processos de hibridização. É um disco irônico e ideologicamente engajado.

This album is a jumble of musical and political ideas, thoughts, ironies, will, mistakes and adjustments around the concept of process of hybridization (CANCLINI, 2013) in electroacoustic music, a research I’ve been carrying on since 2014 at Instituto Villa-Lobos and the Post-Graduation Music Program at UNIRIO. It is the result of my personal, bodily, chaotic listening. The title was inspired by some of Tom Zé’s records, by the schaefferian tradition of Études, and by certain electronic dance music genres. My choices are full of references, sometimes paradoxical ones, deterritorialized and reterritorialized as in the processes of hybridization. It is an ideological album packed with irony.

Dedicado à Elisa Pucu e à Rodolfo Caesar

Agradeço aos que emprestaram seus ouvidos, trabalho, pensamentos e apoio para que esse disco pudesse ser realizado:
Elisa, Guilherme, Aluan, Marina, meus pais Zé Maria e Ana-Maria, Bernardo, Paulo Dantas, Luana Rodolfo Caesar, Carole Gubernikoff, Sérgio e Lúcia, meus colegas e amigos(as) do IVL, à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, ao IVL-UNIRIO.